O período de chuvas este ano trará, além do
perigo da dengue, uma nova ameaça à saúde: a febre chikungunya. Para intensificar
as medidas de vigilância, prevenção e controle dessas doenças, o Ministério da
Saúde irá repassar um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e
municípios brasileiros. Os recursos são para qualificação das ações de combate
aos mosquitos transmissores das doenças Aedes aegypti e Aedes albopictus, o que
inclui vigilância epidemiológica e o aprimoramento dos planos de contingência.
Do total repassado, R$ 121,8 milhões serão
destinados às secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões às secretarias
estaduais. O recurso adicional é exclusivo para ações contra dengue e
chikungunya e será repassado em uma parcela única. O valor representa um
subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde
de R$ 1,25 bilhão.
Em contrapartida, os municípios precisam cumprir
algumas metas, como disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle
de endemias; garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes; adotar
mecanismos para a melhoria do trabalho de campo; realizar o LIRAa (Levantamento
Rápido de Infestação por Aedes Aegypti) com ampla divulgação nos veículos de comunicação locais;
notificar os casos graves suspeitos de dengue, entre outras ações.
O número de casos registrados de dengue caiu 61%
entre janeiro e 15 de novembro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013.
Foram 1,4 milhão de casos em 2013 contra 566,6 mil neste ano, no mesmo período.
Todas as regiões do país apresentaram redução de casos notificados, sendo que a
região Sudeste teve a queda mais representativa, correspondente a 67%, seguida
pelo Sul (64%), Centro-Oeste (58%), Nordeste (42%) e Norte (12%).
“Mesmo com a redução nos casos de dengue, a
prevenção precisa ser mantida. A combinação do trabalho preventivo em cada
residência, com as ações do poder público, é capaz de reduzir a presença
do mosquito do Aedes aegypti no meio ambiente e, consequentemente, evitar
epidemias”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro.