quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

SENHOR DO BONFIM À DERIVA



Não é de hoje que alertamos para o desgoverno que toma conta da administração municipal. Há dois anos Senhor do Bonfim convive com um prefeito completamente alheio aos problemas da população que lhe delegou o mandato. Sem demonstrar qualquer capacidade administrativa, Dr. Correia (PTN) ilude-se ou finge acreditar num cenário que só ele vê, ostentando óculos que parece sem grau. Desde quando era secretário de Administração e vereador, o atual chefe do Executivo Bonfinense mostra-se incapaz de reconhecer os erros e procurar corrigi-los. 
Tal qual uma Maria Antonieta moderna (a rainha francesa que sugeriu aos esfomeados que comessem brioches, já que não tinham pão), vive encastelado em um mundo irreal e rodeado de assessores subservientes, como os da corte do rei Luis XVI. Guardadas as devidas proporções, a imobilidade do prefeito remete ao fim da monarquia na França do século XVI. E no roteiro de erros, desta vez o que chama a atenção é a falta de médicos especialistas nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Bonfim. É mais um capítulo repleto de erros, falhas e omissões da administração municipal. Quem sai prejudicada com isso é a aquela parcela da população menos afortunada, que depende de atendimento público. Desde a falta de respeito com os servidores do Hospital Regional Dom Antonio Monteiro e, passando pelas mortes (pelo menos oito) ligadas ao setor desde o ano passado, as irregularidades verificadas no atendimento prestado pela Prefeitura só crescem. População da zona rural que dependem dos serviços na atenção básica como os dos Agentes de Endemias está há quase dois anos sem visitar os imóveis, Médicos especialistas ginecologistas e pediatras, as especialidades mais procuradas, enfrentam filas por causa da ausência dos referidos profissionais, sem qualquer garantia de agendamento. Quando conseguem, ainda precisam esperar um período maior do que o suportável para quem se encontra doente.

Ao evitar explicações para o fato, o prefeito demonstra além da falta de preparo para o cargo que ocupa, uma insensibilidade doentia. O bom senso e a compaixão levariam qualquer outro a vir a público, admitir os problemas e apresentar soluções. Mas como as falhas se avolumam, vê-se que falta também, além de sensibilidade, um plano que busque regularizar, em curto prazo, o pleno atendimento. O Bonfinense não pode mais ficar à mercê desta lastimável situação. Pelo que se sabe, a Prefeitura continua recebendo verbas dos governos federais e estaduais para manter a saúde pública, mas o chefe do Executivo busca subterfúgios em lugar de mostrar caminhos, arriscando-se em novas irregularidades para desinflar salários de trabalhadores.

Um pouco de humildade — e muito de sinceridade — seria benéfico ao prefeito de Bonfim. Ele precisa, sim, reconhecer que, como qualquer ser humano, erra em suas decisões. Procurar quem tem maior experiência, para se aconselhar, seria um sábio passo, a evitar que os problemas, em todos os setores da administração, se tornem incontornáveis. Senhor do Bonfim hoje está à deriva e não vai suportar mais dois anos sob o regime autocrático do prefeito. Se nada for feito, todos nós seremos prejudicados. E o município, por certo, vai custar a se recuperar de uma administração tão desastrada.


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