segunda-feira, 13 de julho de 2015

GREVE DOS AGENTES DE ENDEMIAS É CONSIDERADA A MAIOR DA HISTORIA DE SENHOR DO BONFIM E REGIÃO

A greve dos Agentes de Combate as Endemias de Senhor do Bonfim BA, decretada no dia 20 de maio, já dura 53 dias e é a maior da história do município.
A ASSOCIAÇÃO DOS AGENTES DE COMBATE AS ENDEMIAS DE SENHOR DO BONFIM (AACE), que representa 53 profissionais informa que antes dessa, a maior greve havia durado 22 dias, no ano de 2015, com os servidores do Hospital Dom Antonio Monteiro.
Na manhã do próximo dia (14), uma nova assembléia será realizada no Pátio da Secretaria Municipal de Saúde onde os Agentes  estão acampados  para decidir se o movimento prosseguirá. O governo municipal não apresentou qualquer proposta desde que a greve foi decretada. Os Agentes de Endemias reivindicam PISO SALARIAL NACIONAL como equiparação salarial a outras categorias com a mesma adequação.
Segundo o presidente da AACE Marlon Reis, não é possível prever o resultado da assembléia, mas ele admitiu que há propostas sendo discutidas pedindo o aumento do efetivo ou ate mesmo uma suspensão da greve.
Desde o início da paralisação, a Secretaria Municipal de Saúde e a Associação divergem principalmente sobre a interpretação da lei 12.994/2014 que trata do Piso Nacional Salarial da categoria que é de R$ 1.014.
 “Uma greve nunca é uma escolha fácil para os Agentes. AACE tentou, até o último limite, o caminho da negociação, mas o governo se manteve intransigente, não apresentou qualquer proposta. Não tivemos alternativa. O fato de ser a mais longa greve não pode ser considerado um mérito, a não ser no que se refere à resistência e à capacidade de luta dos Agentes de Endemias. Ela demonstra, na verdade, o fracasso do governo municipal, incapaz de resolver os problemas de apenas 53 Agentes de Saúde”, disse o presidente da AACE.
Apesar de longa e de ainda não ter conseguido conquistar o objetivo principal, que é o Piso Salarial Nacional, a greve é considerada válida pelo presidente da Associação. “No caso dos Agentes de Endemias, a greve representa também uma reafirmação do compromisso com a qualidade da Saúde e com os direitos da população. Melhores salários, melhores condições de trabalho, fim do abandono da população da zona rural que a três anos estão sem os serviços dos Agentes, mais recursos para o programa, que são pontos da nossa luta. Por isso, essa luta vale a pena, assim como vale a pena toda luta em defesa da dos direitos constituído. Além disso, a greve é uma forma de dialogar com a sociedade, mostrando a realidade da Saúde públicas”, acrescentou.
Para Marlon Reis, a greve tem sido longa por causa “do desprezo” do governo. “Nas poucas reuniões que houve – apenas uma com o prefeito em todo o período – propusemos a secretária e o Procurador do Município o caminho da mediação, que apontasse um índice de reajuste da Inflação para que pudéssemos continuar negociando. Ele nunca aceitou. Para nós, ao não apresentar nenhuma proposta, a secretária está dizendo que não teremos o Piso.
Amparado por uma decisão Monocrática da desembargadora relatora sorteada na Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve que tramita no Tribunal de da Justiçada Bahia onde negou o pedido de Liminar promovido pelo governo municipal com o intuito de acabar com a greve, a Associação dos Agentes de Endemias lembra por oportuno que o governo municipal de forma irresponsável  não efetuou o pagamento dos salários dos Agentes referente ao mês de Junho ate o presente momento, o que revela, em tese, meio de Pressão contra o os servidores em greve, desrespeitando o caráter de verba alimentar que tem os Salários.
Na ultima quarta feira (08) os representantes dos Agentes de Endemias reuniram-se com o Procurador do município Dr. Antonio Gonçalves e Secretaria municipal de Saúde Ana Laura, para tratarem do pagamento dos salários em atraso e na oportunidade o prefeito teria garantido que os respectivos pagamentos estariam disponíveis ate Sábado (11), o que não aconteceu, deixando claro sua forma de tratar os trabalhadores.
 Com a falta de compromisso do governo, a AACE decidiu entrar com um pedido de bloqueio de verbas para pagamento dos salários em atraso.

Com tantos dias parados, a secretaria se nega a informar dados para a população do percebido aumento nas notificações dos casos de Zika e Chykungunya durante o período que os Agentes estão em greve.


O presidenta da Associação garante que 30% dos serviços estão atendendo a população e que um possível aumento do efetivo poderá ocorrer nas próximas assembléias desde que os salários do mês de junho estejam devidamente nas contas dos servidores.

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